sábado, 1 de setembro de 2018

Roteiro de Prática: Vivenciando o Ensino de Ciências in loco!

ROTEIRO DE PRÁTICA Tema: Vivenciando o Ensino de Ciências in loco! Carga horária: 4 horas Ano Escolar: 2º período da Educação Infantil. Conteúdos: Ecossistema. Local: Bosque da Ciências. Especificamente (Lago Amazônico) Endereço: INPA – Avenida André Araújo – Bairro: Aleixo Figura 5: Lago Amazônico Figura 6: Lago Amazônico Foto: Sandra Botelho, 2018 Foto: Sandra Botelho, 2018 Introdução O Bosque da Ciências está localizado na Avenida André Araújo, zona centro-sul de Manaus, a área pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), possui 13 (treze) hectares com foco na difusão científica e no programa de Educação Ambiental, ao mesmo tempo preservando os aspectos da biodiversidade existente no local e aproximar as pessoas da produção científica sendo um pedaço da floresta dentro da cidade, tendo com atrativos turísticos e de pesquisa: Figura 7: Mapa do Bosque da Ciência Foto: Rosângela Rivera, 2018 O viveiro das ariranhas: A ariranha (Pteronura brasiliensis) é um mamífero aquático que vive em pequenos grupos de sete a oito indivíduo, nos rios da Amazônia, são carnívoros, alimenta-se somente de peixe, tem couro marrom escuro, com uma mancha esbranquiçada no pescoço e no peito. Neste local vivem dois espécies que são objeto de estudo dos pesquisadores. O viveiros do Peixe-boi da Amazônia (Trichecus inunguis) – mamífero encontrado em rios e lagos da Amazônia, que se alimenta de plantas aquáticas e semiaquáticas. O viveiro dos jacarés – com uma espécie de jacaré: jacaré-açu (Caimam crocodilos). O quelônios da Amazônia, um espaço de conservação de jabuti (Chelonoidis carbonaria). E o viveiro do poraquê (Electrophorus electricus) – abriga o poraquê, peixe que dá choques elétricos. O Centro de visitação que aproxima as pessoas da ciência, Casa da Ciência. Com exposição dos tesouros da floresta amazônica e de aspectos cotidianos da vida de seus habitantes. A Casa de madeira – modelo de residência construído a partir de madeiras amazônicas. A CasaEco – protótipo de casa ecológica. A Maloca – uma habitação indígena, onde pessoas de diversas etnias vendem artesanato. E O Paiol da Cultura – Espaço para eventos culturais. Como também Ilha de Tanimbuca – consiste em um pequeno riacho onde se encontram peixes, quelônios e vegetação nativa. A Trilha suspensa – passarela suspensa sobre um local de difícil acesso, que permite ao visitante uma visão panorâmica da fauna e flora aéreas. E o Lago amazônico – Lago habitado por quelônios e peixes. É permitido alimentar os animais com ração especial vendida na sorveteria. O Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia, CEQUA. Abriga cerca de 130 animais. Tem uma estrutura de apoio aos pesquisadores nos experimentos em lagos, praias para desova e incubadoras para os filhotes. Possui quatro tanques de 4x7m onde estão expostos exemplares de quelônios amazônicos vivos, como tracajá (Podocnemis unifilis), irapuca (Podocnemis erythrocephala), cabeçudo (Peltocephaulus dumerilianus) e mata-matá (Chelus fimbriata). Possui ainda um terrário com seis poços contendo exemplares menores de jabutis-machado, perema, espécie semiaquática que possui incubação prolongada com cerca de cinco meses, e é um dos quelônios menos estudados no Brasil, iaçás ou pitiús, muçuã e irapucas. Objetivos Geral  Reconhecer algumas espécies de animais existentes no Bosque da Ciências, o seu habitat, alimentação e suas principais características. Específicos  Propiciar ao aluno a prática de convivência com as espécies existente no Bosque da Ciências.  Compreender as relações das espécies existente no Bosque da Ciência com o meio ambiente.  Identificar o habitat, a alimentação e as características de algumas espécies existente no Bosque da Ciência.  Elaborar material pedagógico (cartaz) para auxílio nas atividades educativas na Escola. Atividades Lúdicas a. Escolher uma árvore para abraçar. b. Simular o comportamento do macaco. c. Em dupla, um com os olhos vendados e o outro será o guia caminhando por uma trilha e o outro irá descrever o que está sendo observando. d. Escutar o som da floresta em silêncio e imitar o que conseguiu escutar todos no mesmo momento. Materiais Chapéus e protetor solar Um rolo de barbante Pedaços de papel Uma caneta “hidrocor” Procedimentos – Os alunos formam um círculo. O líder coloca-se dentro do círculo, próximo da margem, segurando um rolo de barbante, e então pergunta: “Quem pode me dizer o nome de uma planta que cresce nessa área?… Taperebar… Ótimo! Venha aqui, Srta. Taperebar, e segure a ponta do barbante. Há um animal por aqui que gosta de comer Taperebar? … Cutia!… Ah, uma bela refeição! Srª. Cutia, segure aqui neste barbante; você está ligado à Srta. Cutia porque depende dela para se alimentar. Agora, quem se alimenta da Cutia?”. – Continue ligando as crianças por meio do barbante à medida que vão surgindo relacionamentos com o restante do grupo. Introduza novos elementos e considerações, tais como outros animais, solo, água, ar e assim por diante até que todas as crianças do círculo estejam interligadas, formando uma teia, como um símbolo do entrelaçamento da vida. Vocês acabaram de criar seu próprio ecossistema. – Para demonstrar como cada elemento é importante para uma comunidade, imagine um motivo possível para retirar um elemento do conjunto. Por exemplo, o fogo ou alguém que destrói uma árvore. Quando uma árvore cai, arrasta consigo o barbante que está segurando; qualquer um que sinta um puxão em seu barbante foi, de alguma forma, afetado pela morte da árvore. Agora todos os que sentiram um puxão por causa da árvore também devem fazer o mesmo. O processo continua até que cada elemento demonstre ter sido afetado pela destruição da árvore. Sugestões: – Esta é uma atividade prática que torna bastante evidente os inter-relacionamentos essenciais entre todos os membros de uma comunidade natural. – O encadeamento retrata com clareza como o ar, as pedras, as plantas e os animais trabalham juntos na equilibrada teia da vida. – Pode-se escrever (ou desenhar) os animais, plantas e outros em um pedaço de papel e colar na camisa de cada um para não esquecerem. – Ao invés de puxar o barbante para o colega sentir, pode-se soltá-lo e assim afrouxar a teia, de modo que com alguns elementos fora do “ecossistema”, a teia fique sem sustentação. Avaliação Desenhar o ecossistema que formaram. Exposição dos desenhos no pátio da Escola. Prática educativa no Bosque da Ciência para cativar os alunos nas aulas de Ensino de Ciências No Ensino de Ciências, o componente curricular, pode ser desenvolvido além do espaço Formal. O aprendizado segundo Vieira, Bianconi, Dias (2005) é desenvolvido durante a existência do indivíduo, abrangendo a educação informal, adquirida na família, com amigos, vizinhança, trabalho, o espaço formal de ensino (escola) e os espaços não formais de ensino, tais como museus, centros de ciência e de cultura. Constatamos que a educação que se desenvolve nos espaços não formais, compartilha diversos saberes com a escola, muitos dos quais são construídos, a partir das teorias elaboradas pelas ciências da educação (ROCHA & FACHÍN-TERÁN, 2010). Sendo fundamental, a parceria da escola com outros espaços para se impetrar uma educação científica. Este último tem significado especial no currículo, por criar a possibilidade de fazer com que o aluno venha a transcender os objetivos propostos nas aulas convencionais da escola, que por diversas vezes, possui apenas o quadro negro e o livro didático, como únicos instrumentos didáticos a disposição do alunado. O espaço não formal pode, mediante a sua estrutura física, fornecer subsídios essenciais a formação integral do aluno. Uma prática educativa interessante para os espaços Não Formais, seria solicitar aos alunos que observassem as multiplicidades de plantas existentes na flora Amazônica durante a aula passeio, seus tamanhos, formas, texturas e cores, fazendo paralelo com os conteúdos da proposta curricular pedagógica do Ensino de Ciências: As Plantas e suas Partes. Perguntar aos alunos, quais são as partes das plantas e pedir, aos mesmos, identificassem essas partes nas plantas que estão ao seu redor. Conforme a professora for perguntando sobre as partes das plantas, os alunos vão respondendo e mostrando nas próprias árvores essas partes, em seguida, a professora vai chamando atenção para as semelhanças e diferenças que as árvores possuem, permitindo aos alunos tocarem para sentirem a textura, sentirem o cheiro, pedir que observem tamanhos e formas das árvores e verbalizem suas impressões e sensações. Ratificando a utilização dos espaços Não-Formais como uma estratégia para o ensino e aprendizagem Chassot (2014) pontua que a Ciência deve ser um instrumento de leitura do mundo natural e o ensino necessita ser séptico, encharcado de realidade do cotidiano, no qual se deve buscar a construção do conhecimento e o desenvolvimento da alfabetização científica dos indivíduos. Partindo desse pressuposto, num segundo momento dessa prática educativa, deve-se explicar aos alunos sobre as plantas terrestres, que estão fixas no solo; sobre as aéreas que estão no alto das árvores, esclarecendo inclusive, que algumas são parasitas e prejudicam suas hospedeiras; e que ainda existem as aquáticas, que estão nos rios e lagos, bem visíveis no lago do Bosque da Ciência. Enfatizar que assim como existem diferentes tipos de plantas, também existem diferentes tipos de raízes, caules, frutos, flores e sementes, sempre tendo o cuidado de mediar essa atividade para que a mesma seja, a mais significativa possível aos alunos, pedindo a eles que as identifique in loco. E para finalizar essa atividade, cada aluno escolheria uma árvore-amiga, lhe daria um nome escrito numa folha seca e a abraçaria como sinal de amor e respeito. Com esse ato simbólico deseja-se demonstrar que nós, seres humanos, respeitamos e almejamos viver em harmonia com a Natureza. Trabalhando com atividades lúdicas relacionadas ao Ensino de Ciências no Bosque da Ciência A arte, ou expressão artística, é um dos maiores instrumentos de avaliação que um professor pode contar. Por meio dela, podemos avaliar o grau de desenvolvimento mental das crianças, suas predisposições, seus sentimentos, além de estruturar a capacidade criadora, desenvolver o raciocínio, imaginação, percepção e domínio motor. O desenho infantil é uma das principais esferas no desenvolvimento da aprendizagem, oportunizando a criança a expressar seus sentimentos e representar o mundo que a cerca. Contribui tanto na construção da linguagem como na construção do pensamento. Através dela que a criança comunica a leitura de imagens e constrói na sua aprendizagem. Portanto, mediante ao exposto, será solicitado aos alunos que procurem 10 diferentes tipos de folhas, para perceberem como as folhas são diferentes entre si, depois de achadas as folhas, os alunos iriam desenhar na cartolina usando como molde as próprias folhas, tentando reproduzir no desenho os detalhes observados nas mesmas. Para fazerem o desenho usariam carvão e para colorir, usariam a tinta das próprias folhas. Depois que terminarem de desenhar, se faria uma exposição. Junqueira Filho (2005) nos diz que o desenho é uma linguagem com estrutura e regras próprias de funcionamento. Linguagem esta que significa toda e qualquer realização humana onde o desenho está enquadrado em um sistema de representação e sentido. Desenhando a criança imprime registros, portanto, expressa e comunica. Como forma de reconhecimento pelo trabalho e esforço empregado na atividade, ganhariam um lanche amazônico, suco de cupuaçu e tapioca com tucumã. Lembrando que se pediria aos alunos que levassem um saquinho para recolherem seu próprio lixo, para ser depositado, posteriormente em local apropriado, dessa forma aprenderiam que não devemos degradar a natureza com nossas ações, aprendendo com essa atitude o valor da preservação e conservação da natureza. Materiais utilizados na atividade: carvão mineral, cartolina e folhas de plantas. A forma que as atividades lúdicas realizadas facilitam a sensibilização sobre a temática ambiental e o Ensino de Ciências. O que foi aprendeu com estas atividades realizada pelo Professor orientador. Lúdico, é uma palavra que significa relativo ao jogo, brinquedo, diversão. Uma atividade lúdica é uma animação que procura desencadear divertimento e prazer para aquele que o pratica, principalmente para a criança. Como podemos trazer essa animação, divertimento e prazer para as crianças associando essas atividade a temática ambiental e ao Ensino de Ciências?, partindo do que já foi estudado, debatido nas apresentações dos grupos de trabalhos da disciplina de Fundamentos da Educação em Ciências constatamos que: O conhecimento de um problema ambiental é condição necessária, mas não suficiente, para a mudança de valores que leve ao surgimento de atitudes positivas, desencadeando a criação de uma consciência ecológica. Ou seja, o domínio cognitivo não resulta linearmente em mudanças. No entanto, podemos propiciar condições que levem o sujeito a uma tomada de decisão por meio da sensibilização sobre as questões ambientais que estão em seu entorno, utilizando neste caso atividades lúdicas. Para Carvalho (2012), a Educação Ambiental estimula a enorme expectativa renovadora do sistema de ensino, da própria organização e dos conteúdos escolares o que requer uma revisão da escola e do cotidiano escolar. [...] a EA também tem sido um estímulo para intensificar a construção de pontes entre a educação formal e não formal, fazendo assim a integração entre a escola e as comunidades que estão em torno dela. Segundo Sato (2002) pode-se destacar cinco objetivos específicos da EA: sensibilização; compreensão; responsabilidade; competência e cidadania ambiental. Ainda, para essa autora, a sensibilização ressalta-se como objetivo principal, tendo-se em conta que os demais são consequências da primeira. Assim, ao instruir, transmitir conhecimentos ambientais e sociais de forma universal e integradora e, sobretudo, ao trabalhar com a perspectiva de valores que sustentam novas formas de relação entre sociedade e natureza, a EA pode desencadear a sensibilização e uma consequente tomada de decisões e ações ambientalmente desejáveis por parte do sujeito. As atividades lúdicas favorecem a criatividade, a imaginação, a viabilidade de uma tomada de decisão, bem como desenvolvem as coordenações motoras (fina e grossa) da criança, podendo ser realizadas por meio de jogos, músicas, teatro, passeios, estórias infantis, pela reutilização de materiais descartados ou em desuso (sucatas). Aprendemos que é possível realizar estudos sobre a temática Ambiental e o Ensino de Ciências, interagindo com as crianças de forma lúdica e desenvolvendo os conteúdos de forma interdisciplinar, transversal, não se limitando aos espaços convencionais formais, mas nos espaços não formais, sejam no entorno da escola, em bosques, áreas verdes, praças e outros.[...]A educação Ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade. Uma prática educativa no Bosque da Ciência para cativar os alunos nas aulas de educação ambiental Podemos dividir os alunos com a faixa etária de 5 a 6 anos, em quatro grupos de cinco elementos e levá-los para conhecer o Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia, CEQUA. Explicar para as crianças o significado da sigla CEQUA, falar a data de inauguração que foi no dia 12 de fevereiro de 2015 e que durante esse período já recebeu vários visitantes, principalmente de estrangeiros e muitos pesquisadores. Falar da estrutura que apoia os pesquisadores nos experimentos realizados nos lagos, praias para a desova e incubadoras para os filhotes (sempre explicando significado), bem como, falar da importância de se conhecer o bosque da Ciência, e incentivá-los a convidar a seus pais e familiares para conhece-lo. Ao iniciar a visita, sensibilizar as crianças da importância da preservação e manutenção dos Quelônios, bem como descrever os tipos, as espécies, por meio da identificação da placas, informando o nome popular e o científico, bem como, explicar as diferenças do sexo, tamanho, peso, idade, alimentação e habitat. Mostrar os tanques que o CEQUA possui, identificando os exemplares expostos vivos, tanto com os nomes populares como científicos: tracajá (Podocnemis unifilis), irapuca (Podocnemis erythrocephala), cabeçudo (Peltocephaulus dumerilianus) e mata-matá (Chelus fimbriata). Mostrar ainda o terrário com os seis poços contendo exemplares menores de jabutis-machado, perema, lalá e muçuã. Figura 8: Tanques do CEQUA Figura 9: Terrário com 6 tanques do CEQUA Foto: Rosângela Rivera, 2018 Foto: Rosângela Rivera, 2018 Explicar para as crianças a importância desses vertebrados aquáticos para o equilíbrio ambiental na Amazônia. Como atividade, solicitar as crianças que desenhe o quelônio que mais lhe chamou a atenção e criar um jogo dos sete erros, possibilitando a criação, a percepção, a imaginação e o raciocínio lógico delas. Trabalhando as atividades lúdicas relacionadas à educação ambiental no Bosque da Ciência A atividade lúdica, por apresentar uma abordagem de um determinado assunto diferente da aula expositiva, é um estímulo para os alunos. Dessa forma, o interesse pode ser assegurado a partir do momento em que os alunos se veem envolvidos com a proposta, seja pelo desafio, pela descoberta ou pelo afetivo. As atividades mobilizam os sujeitos envolvidos a interagir com os componentes diferenciados ali apresentados no intuito de atingir objetivos previamente estabelecidos. Portanto, o uso de atividades lúdicas na Educação em Ciências, em qualquer forma (formal e não formal), parece-nos aliado importante para a construção de uma aprendizagem significativa. Para Kishimoto (1994), um dos principais pesquisador deste tema, atividade lúdica o jogo na educação é importante por que promove o equilíbrio entre duas funções: a função lúdica, através do qual o jogo propicia diversão e prazer, e a função educativa, na qual defende que o jogo tem a possibilidade de ensinar qualquer coisa que compete ao indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua compreensão do mundo. Nesta linha, Brenelli (1996) cita que Piaget considera o jogo como uma atividade em que prevalece a assimilação e reveste-se de um significado funcional, por meio do qual a realidade é incorporada pela criança e transformada, quer em função de seus hábitos motores (jogo de exercício), quer em função das necessidades do eu (jogo simbólico), quer em função das exigências de reciprocidade social (jogo de regras). Nesse sentido, existe ainda a possibilidade de fazer com que os alunos participem da própria escolha do jogo, da brincadeira, construindo, assim um ato rico para o seu desenvolvimento. De acordo com Kishimoto (2009, p.102), "o papel educativo do jogo é exatamente esse. Quando desenvolvido livremente pela criança, o jogo tem efeitos positivos na esfera cognitiva, social e moral". Por fim, estivemos atentos ao pensamento de Vygostsky (1984); a brincadeira, o jogo, favorece a imaginação e “reorganiza experiência vividas”. O jogo, por exemplo, apresenta-se como uma ferramenta de avaliação a ser utilizada nos projetos de Educação Ambiental já que está intrinsecamente ligado à aquisição do conhecimento e à aprendizagem, sendo este enquadrado dentro de uma linha pedagógica muito utilizada atualmente, o construtivismo (TELLES, 2002). Jogos e dinâmicas têm um papel fundamental nos programas de educação ambiental, pois fogem do esquema de aula o qual os alunos estão acostumados. Sendo dinâmicos e fora da rotina das escolas, fazem com que a participação dos alunos nas atividades seja motivada por eles mesmos e permitem que os participantes formulem seus próprios conceitos sobre o tema tratado. Cabe acrescentar, por fim, que estivemos atentos nesta investigação ao pensamento de Herika e Miranda (2013), ao citarem como fundamental importância motivar e incentivar o interesse do educador para a elaboração de uma proposta pedagógica, que respeite as diversidades e a cultura local. Portanto, propusemos algumas atividades lúdica relacionadas a Educação Ambiental no Bosque da Ciência tais como: Saúde bucal. Pirogravuras em papel reciclado. Jogos ambientais: tabuleiro ambiental e caça ao tesouro. Exposição de produtos reaproveitáveis. E exposição das caixas entomológicas de insetos (a importância para a conservação da biodiversidade). Por exemplo: a proposta da Atividade lúdica: Caça ao tesouro – na área da Ilha da Tanimbuca. Figura 10: Ilha da Tanimbuca Figura 11: Ilha da Tanimbuca Foto: Sandra Botelho, 2018 Foto: Francinete, 2018 Material: – Uma lista criativa de objetos relativos à natureza a serem procurados. Procure escolher somente elementos que possam ser recolocados com segurança e que não causem danos ao ambiente. – Uma sacola plástica para cada criança. Procedimento: – Reúna seus alunos em um lugar onde eles possam achar as coisas da lista, como em um jardim ou parque. – Dê a cada um uma sacola. – Especifique o tempo para o término. – Após esgotado o tempo, reúna todos e vejam, item por item, o que eles acharam. Lista (Exemplo): Uma pena. Uma semente espalhada pelo vento. Exatamente cem amostras de alguma coisa. Um espinho. Um osso. Três tipos diferentes de semente. Um animal ou inseto camuflado. Algo que seja redondo. Parte de um ovo. Algo que seja felpudo. Algo que seja pontiagudo. Um pedaço de pele de animal. Cinco amostras de algo artificial. Algo que seja completamente reto. Algo que seja bonito. Algo que não tenha utilidade na natureza. Uma folha mascada (não por você!). Algo que faça barulho. Algo que seja branco. Algo que seja importante na natureza. Algo que seja macio. Um grande sorriso. Sugestões: – Esta brincadeira foi adaptada para encontrar objetos relativos à natureza. – Você deverá especificar objetos que estimulem a criatividade da criança ou que ela tenha de procurar com atenção. – Para crianças pequenas, faça uma dinâmica diferente. Diga em voz alta um, dois ou três itens por vez, por exemplo. – Tenha o cuidado para não especificar coisas que as crianças tenham que destruir algo ou se machuquem. As possibilidades de trabalhar a educação ambiental no Centro de Educação Ambiental de Quelônios da Amazônia Como uma proposta de conectar o público estudantil com as atividades de manejo e conservação de espécies da fauna de quelônios de nossa região. Surgem algumas possibilidade de se abordar a Educação Ambiental no Centro de Educação Ambiental de Quelônios da Amazônia – CEQUA. Figura 13: CEQUA área interna Foto: Francinete, 2018 Segundo Araújo & Souza (2009), os quelônios, que constituem uma ordem de répteis (Chelonia ou Testudinata) incluindo as tartarugas, os tracajás, os cágados e os jabutis, representam um importante grupo animal em muitas localidades do Brasil. Os quelônios estão subdivididos em três grupos: (1) “Terrestres”, conhecidos popularmente como “jabutis”; (2) “Marinhos”, conhecidos popularmente como “tartarugas-marinhas”; e (3) “de Água doce”, conhecidos popularmente como “tartarugas” ou “cágados”. Podem ser abordado através de dramatização, desenho, colagem e pintura (utilizando as folhas secas para a colagem e folhas verdes para a pintura), origami e a música. Pois acreditamos que cada aluno será um agente multiplicador da consciência ambiental em sua casa e por todos os lugares que ele for, por toda vida.

Um comentário:

  1. Esse material foi elaborado, pelas Mestrandas: Sandra Botelho, Tânia Cortes e Rosângela, em uma aula da Disciplina de Fundamentos do Ensino de Ciências do Programa de Pós-graduação Mestrado Acadêmico em Educação no Ensino de Ciências - UEA- turma 2018.

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